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Introdução: A pandemia COVID-19 modificou abruptamente os contextos de trabalho e sobrecarregou os enfermeiros de tarefas imprevistas, tendo impacto negativo na sua saúde mental e psicológica. Apelidados de “anjos na terra”, desempenham um papel fundamental na gestão desta pandemia e os estudos têm demonstrado que os enfermeiros da linha da frente apresentam níveis elevados de burnout. Contudo, o engagement e a resiliência podem constituir fatores de proteção contra o burnout.
Objetivos: Pretende-se identificar os níveis de burnout, de resiliência e de engagement nos enfermeiros, bem como analisar a sua inter-relação e variação em função de características sociodemográficas/ profissionais.
Metodologia: Os dados foram recolhidos online através do método de bola de neve com participação voluntária, tendo sido aplicadas as versões portugueses do Oldenburg Burnout Inventory, Utrecht Work Engagement Scale e Resilience Scale. Participaram de forma anónima e voluntária 328 enfermeiros portugueses, sendo 77% mulheres, 62% tendo licenciatura, 84% a trabalhar por turnos, 90% com vínculo definitivo, com média de idades de 32,91 anos e média de 9,94 de anos de serviço.
Resultados: Revelaram-se níveis moderados de burnout, engagement e resiliência, embora 37% apresentem baixo engagement. Existe correlação significativa positiva entre engagement e resiliência, e negativa destes com o burnout. Encontrou-se maior exaustão nos enfermeiros a trabalhar em turno rotativo e nas mulheres, e maior desinvestimento nos enfermeiros com filhos. A análise de regressão revelou que 31% da exaustão é explicada pelo engagement, 3% pelas variáveis profissionais e 2% pela resiliência, enquanto o desinvestimento é explicado em 40% pelo engagement. O engagement é explicado em 84% pela resiliência e apenas 2% pelo burnout, enquanto a resiliência apenas é explicada em 9% pelo engagement.
Discussão: Os níveis moderados de burnout nestes profissionais confirmam a necessidade da sua prevenção, nomeadamente com intervenções eficazes a nível individual, coletivo e organizacional.
Conclusão: Constituindo a resiliência e o engagement fatores de proteção do burnout, é importante sensibilizar os enfermeiros para a adoção de estratégias de gestão do stress crónico e/ou intenso no seu trabalho e para o cuidar de si, pois o burnout está a aumentar na “era COVID”, prejudicando o desempenho e a saúde individual.
Palavras-Chave: Burnout; Resiliência; Engagement; Enfermeiros
Daniela Gomes, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. Mestre em Psicologia. up201603027@edu.fpce.up
Sara Teixeira, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. Mestre em Psicologia.
Cristina Queirós, Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, Portugal. Doutoramento. Professora Associada.
This article was supported by National Funds through FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., within CINTESIS, R&D Unit (reference UIDB/4255/2020).
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